A manifestação da “geração à rasca”, que ontem tomou as ruas de Lisboa, Porto e de outras cidades em Portugal, foi descrita pelo “El País” como a maior manifestação à margem de partidos e sindicatos desde 1974. Durante o protesto, e enquanto discursava no Rossio, a organização dizia que em Lisboa estavam 300 mil pessoas – uma informação rectificada mais tarde: em Lisboa terão estado 200 mil pessoas, no Porto 80 mil, e nas restantes cidades cerca de 20 mil.
“Dezenas de milhares de jovens m
archam contra a precariedade”, titula o “El País”, salientando que, apesar da grande maioria de jovens, também havia “pais e avós”, porque “a precariedade não respeita idade”. A agência France-Presse replicava os primeiros números avançados pela organização, e dava eco de cartazes presentes na manifestação: “O País está de joelhos” e “não há liberdade na insegurança laboral”.
Já a “Business Week” foi mais incisiva na análise. “A descontente geração portuguesa do Facebook marchou numa dúzia de cidades, dirigindo a frustração para as severas perspectivas de emprego”, lê-se na edição online da revista, que destaca o facto de o protesto ter sido amplificado pela comunicação social, numa campanha que teve o condão de unificar “uma sensação generalizada de alienação” no país “mais pobre da Europa ocidental”.
O “El Mundo”, diário espanhol, também cobriu a manifestação, destacando o facto de nela estarem representados “todos os sectores da sociedade”. O jornal falou com estudantes no último ano de Animação Sociocultural que ponderam emigrar para Espanha, para fugirem a um salário mínimo de 485 euros e os jovens se deparam com uma taxa de desemprego de 22%.
O jornal francês “Liberation” também deu eco da manifestação na sua edição online, salientando que em 2010 havia 720 mil pessoas com contrato a prazo e cerca de um milhão de trabalhadores independentes em Portugal. A “Reuters”, por seu turno, considerou que a participação na manifestação recebeu um forte impulso do anúncio do Governo de mais medidas de austeridade, na sexta-feira
Já a “Business Week” foi mais incisiva na análise. “A descontente geração portuguesa do Facebook marchou numa dúzia de cidades, dirigindo a frustração para as severas perspectivas de emprego”, lê-se na edição online da revista, que destaca o facto de o protesto ter sido amplificado pela comunicação social, numa campanha que teve o condão de unificar “uma sensação generalizada de alienação” no país “mais pobre da Europa ocidental”.
O “El Mundo”, diário espanhol, também cobriu a manifestação, destacando o facto de nela estarem representados “todos os sectores da sociedade”. O jornal falou com estudantes no último ano de Animação Sociocultural que ponderam emigrar para Espanha, para fugirem a um salário mínimo de 485 euros e os jovens se deparam com uma taxa de desemprego de 22%.
O jornal francês “Liberation” também deu eco da manifestação na sua edição online, salientando que em 2010 havia 720 mil pessoas com contrato a prazo e cerca de um milhão de trabalhadores independentes em Portugal. A “Reuters”, por seu turno, considerou que a participação na manifestação recebeu um forte impulso do anúncio do Governo de mais medidas de austeridade, na sexta-feira