sábado, 3 de dezembro de 2011

Salários baixos revelam "claro falhanço" das políticas anteriores para Mondim de Basto

O presidente da Câmara de Mondim de Basto afirmou hoje que a baixa média de salários auferidos em 2009 revela um "claro falhanço" das políticas do anterior executivo para este concelho, onde predomina a agricultura e a extração de pedra.




De acordo com dados dos Anuários Estatísticos Regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE), apenas nas sub-regiões da Grande Lisboa, Grande Porto e Alentejo Litoral existia um ganho médio mensal superior à média nacional de 1034 euros. Por outro lado, os municípios das sub-regiões do Douro e Tâmega apresentavam os valores mais reduzidos.
Oeiras foi o município onde os trabalhadores por conta de outrem mais ganharam, com um valor médio de 1692,5 euros. No extremo oposto ficou Mondim de Basto com 616,7 euros, o menor ganho médio mensal entre os 308 municípios de Portugal.
O socialista Humberto Cerqueira, eleito em outubro de 2009 para a Câmara de Mondim de Basto, afirmou hoje à Agência Lusa que os números divulgados revelam um "claro falhanço das políticas seguidas pelo anterior executivo na última década".
Aos salários baixos, o autarca juntou ainda um dos índices de poder de compra mais baixos do país, também dados de 2009, e a perda de população, de acordo com os Censos 2011, de 8250 para as 7500 pessoas.
Mas o problema deste concelho resulta também, segundo o autarca, do facto das principais atividades geradoras de emprego, como a floresta, a pecuária e a extração de pedra, serem "por norma mal remuneradas".
Humberto Cerqueira adicionou ainda o "problema das acessibilidades" a Mondim de Basto, e que considera que têm impedido a instalação de empresas no concelho, e a zona industrial. "Herdamos uma situação de uma zona industrial fantasma, sem empresas", explicou.
Para resolver este problema, a autarquia está em conversações com os proprietários dos lotes da zona industrial para que construam ou entreguem os terrenos ao município.
Humberto Cerqueira aguarda também com muita expetativa a construção da barragem de Fridão, cujo paredão ficará instalado no concelho vizinho de Amarante, que vai criar cerca de mil postos de trabalho diretos.
Na sequência deste empreendimento, a EDP e a Estradas de Portugal (EP) irão colaborar na construção de uma variante de Mondim a Celorico de Basto e será atribuída uma comparticipação financeira à autarquia, parte da qual será aplicada num programa com vista à criação de postos de trabalho.
"O município tem também uma elevada taxa de desemprego e as pessoas que trabalham ganham mal", sublinhou Humberto Cerqueira.



http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Oeiras-e-o-concelho-que-melhor-paga.rtp&headline=20&visual=9&article=504713&tm=8

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