Os dois filhos de Glória Nunes, presidente da junta de freguesia de Ermelo, em Mondim de Basto, vão ficar a aguardar julgamento em prisão domiciliária, depois de terem invadido a casa de um vizinho e espancado a vítima.
O caso deixou a aldeia em alvoroço, uma vez que há quase quatro anos o marido de Glória, Maximino Clemente, foi assassinado a tiro na mesa de voto das eleições autárquicas. Na origem do homicídio estiveram conflitos de vários anos entre a família da autarca e António Cunha, candidato à junta.
O medo de que novas agressões semelhantes à da madrugada de anteontem ocorressem novamente foi, aliás, um dos motivos que levou a que o juiz de instrução tenha decretado a domiciliária. A libertação dos irmãos, que têm entre os 30 e os 35 anos, poderia causar alarme social na pequena aldeia de Ermelo.
Os moradores, a maioria idosos, confessavam já que temiam que sangue voltasse a ser derramado na aldeia.
Recorde-se que para além de espancar o vizinho - por razões não apuradas -, um dos filhos de Glória Nunes, que deverá voltar a ser candidata à junta, agrediu ainda dois militares da GNR e destruiu parte do posto.